Olha os horizontes
Não por teus olhos, mas pelos meus
Ouve os rumores mais inquietos
Não dos teus, mas dos meus sentimentos
Ri do que quiseres, chora se puderes
Aprende de teus próprios olhares
A não buscar tanto neles os meus
As minhas não são as tuas dores
Mesmo de amores elas não são de ninguém
Vê o mundo com as suas supostas cores
Que dores e amores eu tenho também
 
Mas não me tomes nunca por teu
E no que se perdeu não te faças minha
Tua vida é o que ninguém por ti escolheu
É o que se perdeu no que minha vida não tinha
 
A linha que nos separa é o que sugere
Que se espere que algo nos unifique
E que a qualquer dos dois desespere
E que por amor ou falta dele nos petrifique
Talvez seja tua alma que minha alma fere
Uma querendo partir e outra querendo que fique
 
Olha-me e nos meus olhos não verás os teus
Em teus olhos eu perdi os olhares dos meus
Um adeus a buscar cores em outros amores
E em outros sentimentos uns novos rumores
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 09/06/2011
Reeditado em 19/05/2021
Código do texto: T3024217
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