O tempo da dinastia em que o mundo foi melhor.
O tempo da dinastia em que o mundo foi melhor
É a contraversão de que o mundo esta piorando.
Ouço orações mais conturbadas que antes.
É o tempo do pó, do só. A era da solidão...
Ouço janelas se fechando.
Ouço portas se batendo.
Ouço o silêncio dos ventos avarentos.
É o tempo da depressão se valando,
Se arrastando por esta multidão de olhos profundos,
De noites de insônia.
É a era de noites mal dormidas.
Ouço ousadia correspondida no apresso de seres mal acompanhados.
Ouço a devastação de olhares pouco amigáveis.
Ouço choros de soluços, mas pouco consistentes.
É o tempo do deserto.
Vejo luzes de postes sendo acabadas:
Elas piscam, mas não são como antes. São fracas.
É o trem do obscuro.
Vejo seres incomunicáveis.
Vejo seres indescritíveis.
É a era do surdo e mudo.
Vejo o mundo em um colapso.
Vejo e revejo que os sentimentos estão friamente calculados.
As peles não se ardem como antes.
As bocas não se tocam como antes.
Os debates não são tão democráticos.
Não é mais fática a relação de tempos.
É o tempo em que tudo mudou.
É o tempo em que as coisas se esfriaram.