Sepulcro Fechado II
Ó que lugar inóspito, frio, sombrio, e cinzento;
Outrora recanto iluminado na pujança que canta,
Adornados por jardins frondosos, verdejantes e floridos,
Que dantes, andorinhas, riscavam o céu livremente,
Com asas douradas, confundindo-se com os raios solares!
Ó terra bendita, onde príncipes, princesas,
Cavalheiros, mulheres, homens e crianças...
Viveram felizes. Foram risos e presentes.
Foram almas, armas, e sonhos...
Espíritos animados.
Suspiros dobrados.
Saudades infindas!
Agasalhados - agora, em tranças e galhos secos,
Na penugem do tempo infindo...
Onde folhas e aves, se abrigavam,
Confortavelmente,
Nas velhas árvores,
Sem lamentos!
E os pássaros, ah os pássaros!
Voavam livres ao sabor do vento;
E o verão se foi, e o inverno chegou...
Traçando os destinos daquelas almas;
Que um dia, também passaram,
Sem rumores... na cidade,
Dos pés juntos!
E hoje, sem escolhas,
Jazem...tranquilamente,
Sob - Mármore Carrara!
Ensaio do fim, ou começo do ciclo vital,
Em anéis etéreos - elos invisíveis,
Ligando-os ao Fluido Cósmico Universal,
Que comanda e define tudo, inexorável,
Sepulcro fechado - Intermitente!