Riacho Lento

Não sabes a dor que causaste em meu peito
Reviro a alma a procurar respostas
Fora de mim um sorriso me mascara, ignora
A infame ferida, feita outrora

Sequer supões que os dias passam
E permaneço na tristeza que não se desfaz
Suportanto no teu riso as falsas verdades
De felicidade, que então, supões que traz

Acumulam-se em lembranças cada magoa
E lá no fundo, como de um riacho lento, ela se acumula
E o verso de amor se faz inútil
Pra dizer desse abandono dos meus sonhos
Que era te amar como se bastasses ao meu mundo.

E rasga-me a alma essa incerteza
Que ocupa agora o que de mim roubaste
Iludindo minhas verdades em teus olhos claros
Na frieza das palavras que compõem meus versos
Há descrença de amor eterno!

Cristhina Rangel.


Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 04/06/2011
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