Escuridão
Mas uma vez ouço o canto
Do Abismo da Solidão
O canto frio e doce me chamando
E o manto de sua escuridão
Acaricia minhas asas cândidas.
Nem sombras, nem medos,
Apenas o frio da solidão.
O silêncio do não dito
Mas escrito na dor mórbida da alma
Ah, quisera eu mergulhar
Em sua escuridão encantadora
Adormecer em seu canto sutil.
Minha alma que agora se desespera.
Almeja por muito se entregar
Na escuridão em que agora adormece.
No meu último salto,
Meu coração pulsa na freqüência
De minhas poucas lembranças
Triste constatação de que
Minha vida passou
Sem um amor para amar...