adeus, mon amour...


eu me vou
na mesma hora de um mês atrás em que nos beijamos
na mesma hora de 6 meses atrás em que nos reencontramos
na mesma hora do papel
em que decidi esse mundo habitar

as várias e tão sofridas corridas de minha alma
não te serviram de exemplo algum
sou aquele que tão desprezado é
sou aquele que não se desfaz de si mesmo
por crer que ainda pode haver alguma ultima esperança
mas quem te disse que sou ternamente feliz?
quem te disse que eu poderia dar tudo de mim?

sou a ultima página amarrotada de seu livro
sou o que chega atrasado
sou o que por último usa drogas
sou essa serpente assim tão desgarrada e no meio de tantos 24 sábios por aí
você sequer tem o Seu Amor
você não tem o seu respaldar

está no seu limite
está na sua própria consciência
e garotas de cabelos laranjas lhe aparecem na encruzilhada dessa vida

egoísmo você absorve
peste você toma para si
“fervências” de sentimentos você causa em seus familiares
viver já não é assim tão bom
tuas palavras não tocam mais como os sinos de Notre Dame
desculpe
te devo muito.
Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 25/11/2006
Reeditado em 25/11/2006
Código do texto: T300618