Fio de esperança
No nascer de certa aurora,
Abri os olhos e mim surpreendi,
Parecia que não sorria,
Fui tentar entender e sofri.
Eu que vivia num jardim tropical,
Dei de cara com um serrado,
E com plantas ásperas como pau.
Vi que todos choravam ao meu lado.
Meu sorriso perdeu o brilho,
Da flor que exalava alegria,
Hoje é murcha e vazia.
Mim agarro em outras raízes,
Buscando energia.
Nessa busca desesperada encontrei um beija-flor,
Que trouxe o néctar da esperança,
E em mim depositou.
O brilho que há em si,ajudou-me a seguir.
Nos pés que flutuava,
Carregava um lindo fio,
Foi neste que mim agarrei,
E pulei na beira de um rio.
Na espera de ser regada,
E retomar o meu brilho,
Que ainda está na estrada.