Fio de esperança

No nascer de certa aurora,

Abri os olhos e mim surpreendi,

Parecia que não sorria,

Fui tentar entender e sofri.

Eu que vivia num jardim tropical,

Dei de cara com um serrado,

E com plantas ásperas como pau.

Vi que todos choravam ao meu lado.

Meu sorriso perdeu o brilho,

Da flor que exalava alegria,

Hoje é murcha e vazia.

Mim agarro em outras raízes,

Buscando energia.

Nessa busca desesperada encontrei um beija-flor,

Que trouxe o néctar da esperança,

E em mim depositou.

O brilho que há em si,ajudou-me a seguir.

Nos pés que flutuava,

Carregava um lindo fio,

Foi neste que mim agarrei,

E pulei na beira de um rio.

Na espera de ser regada,

E retomar o meu brilho,

Que ainda está na estrada.

graça Noronha
Enviado por graça Noronha em 30/05/2011
Código do texto: T3003423
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