Depressiva
Domina-me a alma uma dor latente
cega-me completa a razão
subjulgando-me a uma intensa escuridão
Paira sobre mim
uma lágrima pesada e insistente
que acaba por escorrer
cortando-me a face
Mergulho-me no manto depressivo
que me ofusca a luz natural da vida
Sonhos e mais sonhos povoam minha mente
entorpecida embriago-me na lugubricidade dos sons a minha volta
Tudo parece torridamente febril e adoentado
Afeta-me a depressão corrosiva e abrasante
que acaba por envelhecer-me cem anos em cem segundos
Como um socorro divino
Como providencia paternal
aliviam-me as amarguras na poesia vigente
Deixo-me sucumbir por esse momento de resgate espiritualizado
volto a razão do meu viver
agradeço por mais uma queda
sem a morte da carne já por muito embebida no tédio e na dor
Mas eis que a alma...
ah! minha alma
Essa eis que já a muito esta desfalecida
Por quanto tempo ainda?
Aí já não sei...
Só sei que hoje vivi o que não desejaria jamais viver
Senti o que jamais queria vir a sentir novamente
Só sei que hoje sou... o que eu não queria ser...
Poesia da autora Mirles Rocha Valle
A depressão é um transtorno do humor doloroso e freqüente, que pode comprometer toda a vida familiar, laborativa e social de uma pessoa, apresentando um quadro clínico grave, o qual é chamado
doença depressiva, e que ocorre em todas as faixas etárias, sendo que, os jovens começaram a serem melhor estudados. O cálculo é de que ela atinja um em cada dez deles no mundo, sendo, em termos
de Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas sofrendo de depressão.
A depressão é considerada por muitos estudiosos, o mal do século XXI. Isto se atribui ao fato do grau elevado de estresse, obesidade, uso indiscriminado de álcool, drogas, medicamentos entre outros que predispõe os indivíduos. Freqüentemente a doença é confundida com "episódios de tristeza" considerados absolutamente normais e passageiros, porém, o mal pode ser "mascarado" pela ocupação com o trabalho e família, dificultando o diagnóstico
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/4723/1/A-Depressao-Como-O-Mal-Do-Seculo-Xxi/pagina1.html#ixzz1NlMNY2xw