O ultimo verso

O que fazer com o ultimo minuto

Se neste momento nasce a primeira lágrima

O que fazer com o precoce luto

Pois se neste adeus quase nada se salva

O derradeiro beijo que se despede

Em lábios quentes e um olhar molhado

Devagar ele tenta mas não impede

De que cada um siga seu próprio lado

A sombria e cruel bruxa do destino

Que atende por nome de saudade

Vem ao meu encontro sorrindo

Me dizendo que agora já é tarde

Mais tarde pra que? se já esta feito...

Nem um lindo querubim por mim guarda

ó flecha flamejante que queima meu peito!!!

Por que tende a se apagar em velocidade desacelerada...

E nestas trevas da solidão clamo ao lento

Por que não me levas da vida, pois sofro em prantos

O amor fechou a porta e me deixou no relento

E a morte da alma me passa o manto

Já não tem mais beijos e nem mais caricias

Será que alguém irá velar-me enfim?

Pois tudo o que fiz foi sem malícias

Mais sei que hoje chega meu fim

Adeus meu amor você fez sua escolha

Escolheu viver mais sem ser junto de mim...

Mais se até o outono leva suas folhas,

Prefiro morrer de que viver assim

E quando ler esse verso possa já ser tarde

Não derrame suas lágrimas pois não tem sentido

Fique em paz e que Deus te guarde

Esse é o desfecho de um amor infinito...