AMOR DESIGUAL

Falar de amor é retorcer as regras poéticas

Afundar o profundo, escutar as tocadoras

Já faz é tempo...

Não tive lembrança alguma, esqueceu de mim

Machucado de ferida exposta fere o osso

A alma não existe aqui, o corpo é de se sentir

A fala é exagero de conversa sem verdade

A estrutura abalada é a sepultura montada

Tiveram vários temas pra conter todos esses livros

Mas os primeiros e os únicos instantes foram nós que criamos

Há temos que não deixou respostas

Vestígios até sujou meus egos

Exigências não foram ditas e os guias se perderam nas lembranças

Tenho a receita e a certeza de mais um vez

De vez em quando me deixa ler sua bula

Vivo sem cabeça a mula

Peso forte que não tem final

Ajuda conversando, ao menos explica

Não complica... que situação!

Na última conversa, faltaram os olhos, (nossos).