Sombrio

Ambulante que viaja

Pelas trevas de repente

Deparou-se com o sujo

Golpe frio da serpente.

Nem chorou e nem sofreu

Nem se quer um ar de dor

O que sei foi que morreu

Escondendo o estertor.

A serpente detonou

Com o seu veneno imundo

Um sombrio mais que forte

Que modificou o mundo.

Hoje a árvore da vida

No escuro apodreceu

Com veneno de serpente

Humilhada padeceu.

Nem sentido, nem razão

E nem mesmo um ambulante

Conheceu a solidão

E mostrou-se tão distante.

Axeramus

06/04/2008