No ventre as compressas do tempo
Do muito antes 
que não sabíamos doer tanto!




Os passos que nos arrastam agora
Desorientam rotas de abraços

Bebem anseios aos goles
Feito porre de menino
Às noites de lua cheia
[já cheias de si]

E pende teu corpo, vulto vazio
Onde não apertam ancas e peles

Onde não mais um porto
...Não mais um torto jeito de amar

Há em teus traços um quê de aroma
que perfuma tardes 
Guardadas entre as mãos 

Qual pura redoma
Na palha dos nossos nãos

Não sou!
Não és!
Não somos!

Nada além de memórias
onde agora moramos,
ao findar história


Mirea
Enviado por Mirea em 25/05/2011
Reeditado em 25/05/2011
Código do texto: T2992545