AuToToRmEnTo
Tudo o que fiz foi tentando acertar,
tentando encontrar um caminho mais terno,
um caminho que fizesse eu pairar pelo ar
Pairar no absurdo do estúpido eterno
O que mais quero hoje é sair do lugar
sair desse quarto, sair desse ermo
um ermo sem sombra, sem brisa, sem par
sem passos passando, sem culpa nem termo
Ao lembrar-me do ontem, começo a chorar
começo a achar que enxerguei como um cego
Não fui mais feliz só por medo de errar
Por medo que alguém machucasse o meu ego
Já sinto que é hora do meu repousar
Hora de verter lágrimas e vis elegias
temer por supor o que vem me arrastar
temer por saber que é o fim dos meus dias.