No velho baú, as cartas de amor
E faz tempo que ele partiu
Será que repousas no céu anil?
Ela mesmo na terra, nas trevas arde
Arrependia do silêncio... Agora é tarde
Um segredo bem guardado
Na cama fica ao lado
Mesmo lacrado não é indolor
No velho baú, as cartas de amor
Que ela escreveu e jamais entregaria
Embora tentasse dia após dia
Impedida pelo vírus da timidez
Morria do mal que Platão lhe fez
Hoje viva, na mente é morta
Naquele coração, fechada é a porta
Aguardando o chamado do Criador
E no velho baú, as cartas de amor