No velho baú, as cartas de amor

E faz tempo que ele partiu

Será que repousas no céu anil?

Ela mesmo na terra, nas trevas arde

Arrependia do silêncio... Agora é tarde

Um segredo bem guardado

Na cama fica ao lado

Mesmo lacrado não é indolor

No velho baú, as cartas de amor

Que ela escreveu e jamais entregaria

Embora tentasse dia após dia

Impedida pelo vírus da timidez

Morria do mal que Platão lhe fez

Hoje viva, na mente é morta

Naquele coração, fechada é a porta

Aguardando o chamado do Criador

E no velho baú, as cartas de amor

Vinicius de Oliveira
Enviado por Vinicius de Oliveira em 22/05/2011
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