CERTEZA RELATIVA
08.11.05.
Tenhamos medo, não queiramos que seja
Toda essa terráquea existência
Um ir do nada a lugar nenhum e
Tenhamos quase certeza de que é isso mesmo!
Tenhamos medo, não queiramos que tenha sido
Todos esses desencontros e finais
O início de um fim que ainda não terminou e
Tenhamos quase certeza de que terminará!
Tenhamos medo, não queiramos o suposto engano
Dos beijos, transas e dos “eu te amo”
Ter sido somente superfície, frugalidades vitais e
Tenhamos quase certeza de que foi!
Tenhamos medo, não queiramos que chegue
O fim, a morte, o suspiro final
Uma tão rápida e anônima passagem funesta e
Tenhamos certeza de que isso é fatal!
(pessimismo ou realismo?)