Infernium

Infernium

Meu ódio floresce em meu desespero,

Sei bem como decifrar minhas lágrimas.

Quando tão somente a esperança acaba.

Justo agora quando não existem forças.

Meu coração maldoso não suporta a luz,

Não há mais desejos feitos sob as estrelas.

O oceano azul e profundo invoca-me,

O som das ondas faz-me sentir seguro.

Mas em mim é como um escuro inferno,

Onde uma alma grita repetidamente.

Não há lua e não há leito para o sofrer.

Amarguras tomam conta de todo o meu ser.

Ninguém sangraria assim por mim!

Fecho os meus olhos, busco a hora do partir.

E todas aquelas palavras jamais ditas?

Um mausoléu frio onde descansa o coração.

As orações inválidas gravadas nos rochedos,

Joelho que traz a marca de noites perdidas.

Eu jamais vi meu destino através de outros olhos,

Sinto apenas meu mundo colidindo com o inferno!

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 22/05/2011
Código do texto: T2985999
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