A REPÚBLICA, A UTOPIA E O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
16.01.2008.Como que abraçando tudo que desabracei
Como que construindo tudo que desmoronei
Como que recuperando tudo que perdi
Como que reunindo tudo que espalhei
Nesse pleno desconforto que minha força aparece
Precisaria de um “milagre”
De um suporte de rede
Que sustentasse tamanho peso e dor
Tanto corpo, quanto alma
Tanto consciência, quanto espírito
Um só carteado de intemperança
Penso que não supero a desesperança
O eterno retorno...
Quando se conquistava as coisas eu as perdia
Quando distinguia, comparava e entendia
Me desinformava, me desintegrava
Nunca me vi tão só
Marcelo morreu e nem me convidaram ao seu enterro
Vivo mil coisas que não quero
Tampouco iria querer
Caminho destroços, cacos de vidro
Quão longe se mira minha utopia
Pouco suporto pensar...