Ouve
Ouve. É o silêncio da minha tristeza
Ecoando pelo vazio do meu peito.
São meus olhos clamando por beleza,
Meu espírito que quer ser aceito.
Ouve. Este é o meu mais íntimo pensar.
Esse grito rouco, ensurdecedor.
Esse zunido que a paz vem tirar.
É um gemido à noite, um grito de dor.
Ouve. Esta é toda a minha frustração.
Grito por socorro na madrugada.
É a sanidade que foge da mão.
Ouve. Esta é minh'alma desesperada.
Apelo insensato de um coração
Que não vê, não ouve, não sabe mais nada
[Senão implorar, de novo, o perdão.]
William G. Sampaio [14/05/11]