Salve-me

Tenho saudade dos velhos tempos

dos tempos em que eu nada sabia

do tempo em que eu apenas sorria e gritava

era uma criança boba e mimada

Hoje cresci

o tempo me modou

um homem de 15 anos ele me tornou

os caminhos que na vida traçei foram árduos e cheios de pedras

Em cada caminho um pouco de meu sangue deixei

As pedras feriam-me de forma brusca e nunca cessavam

eu gritava e chorava

mas a dor nunca passava

Com 14 anos coragem tomei

Deixei a infância de lado

do meu coração longe fiquei

Nascendo assim um novo homem

Carrego em meus olhos o medo

Carrego em meu peito o rancor

Carrego em cada abraço o desespero

e em cada sorriso a dor

Minha infância foi horrivel

Comi o pão que o diabo amassou

Sofri mais que um condenado

Tornei-me um mercenário

Trocando os meus sonhos

Por uma falsa ilusão

sou um cego sem rumo

vago nessa escuridão

andando de um lado pro outro

em busca da salvação...

salve-me