Minha amargura

Amargo burburinho escuto no escuro

Vozes que zombam com risos triunfantes

E não posso esconder-me como atrás de um muro

Pois rodeiam-me astutas, com frases cortantes.

Só vejo labirintos, nenhuma saída

Fechada a porta que outrora eu adentrava

E como num filme, a mesma história repetida

Um nevoeiro sobre os sonhos que eu sonhava.

Palavras amargas que não quero aceitar

Mas que falam-me sobre fatos de um momento repetido

Roubaram tua força. Eles estão a falar.

Cumprem a promessa de torná-lo um destruído.

Minhas palavras não mais têm efeito

Nem mesmo sei como dessa vez agir

As vozes me dizem: Desiste! Não tem jeito!

Mas sofro ao ver meu amor sucumbir.

Yngrid Lopes Martins

17.05.11