TENHO MEDO
Percebo que estou com medo
O tempo passou e nem me dei conta
Não fiz questão da afronta
Que por sozinha se fez segredo
A vida não só prega peças
Faz trapaças e algumas pirraças
Dá o adeus que nunca queremos
Numa sutileza que tampouco cremos
Parece que aconteceu logo antes
Era num balanço....numa praça...
Cheio de enlaces emocionantes
A forte paternidade com graça
Não quero pensar nem sentir
Prefiro a ilusão de malograr e mentir
Que um rosto intenso não possa exprimir
A tênue mágica de simplesmente existir
Afora as doces manobras da vida
Ficam alguns aturdidos e parecendo sem saída
Numa brevidade que parece injusta
De uma saudade que corrói e assusta