Realengo, nosso pêndulo

Vidinhas ceifadas.

Muito triste é não ter quem nos venha pagar.

Seria melhor sua fuga

Só pelo prazer de caçar.

Estamos todos nós na roleta

E em quem vai parar?

Espere, torça e veja.

Convivemos com loucos camuflados.

Vigiem seus loucos de fora e de dentro.

Controle intentos, pensamentos,

Pois a sutura não contém

Uma paz que não se assenta

E, no fim, não resta nada.

Nada mesmo.

Realengo, nosso pêndulo

De uma dor que jorra

E jorra

E jorra...

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 15/05/2011
Código do texto: T2971259
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