Realengo, nosso pêndulo
Vidinhas ceifadas.
Muito triste é não ter quem nos venha pagar.
Seria melhor sua fuga
Só pelo prazer de caçar.
Estamos todos nós na roleta
E em quem vai parar?
Espere, torça e veja.
Convivemos com loucos camuflados.
Vigiem seus loucos de fora e de dentro.
Controle intentos, pensamentos,
Pois a sutura não contém
Uma paz que não se assenta
E, no fim, não resta nada.
Nada mesmo.
Realengo, nosso pêndulo
De uma dor que jorra
E jorra
E jorra...