Segue sozinho oh cavaleiro errante
Segue sozinho oh cavaleiro errante
Que em seu peito traz uma ferida.
Marca de um passado distante
Que desatina a dor jamais esquecida.
Tamanho martírio seu estigma o faz,
De seu talho o sangue amaldiçoado a derramar.
Bestial tormento a tua alma traz
Em tua jornada triste cavalgar.
De que vale um cavaleiro sem tua espada,
Sem teu escudo, da batalha o baluarte?
De que vale um poeta sem sua amada,
Inspiração de toda sua arte?
Vai cavaleiro, segue teu destino,
Alento em sua jornada,
Cura de seu desatino.
Vai cavaleiro, busca teu graal,
Pois vem o fim de sua procura,
O fim de seu triste madrigal.