PAISAGEM SERRANA


Olhando o bairro, quando a noite inicia,
bem ao longe, ouvindo o sino que batia,
paisagem que entristece um coração...
Tardinha, tão calma, com silêncio total,
era certo, baixava na alma, tristeza fatal,
o belo lugar, se transformava em solidão...
E no fim do dia
tem a ave que pia
temendo a escuridão...

O barulho da água, debaixo de uma ponte,
e no ocaso, o sol se despedindo no horizonte,
seus últimos raios, sobre o templo pequenino...
Por entre as árvores, vejo caindo uma fumaça,
que talvez pelo marasmo, minha visão embaça,
presto atenção, no choroso badalar do sino...
O uivo de um cão
entristece o sertão
da tristeza é o hino.

A paisagem mudou, está totalmente turva,
meus olhos já não avistam além da curva,
de cima da colina, fico em silêncio a olhar...
Na fechada capoeira,o barulho do suave vento,
vai aos poucos, despertando meu pensamento,
murmuro comigo-Hoje, não espero o luar...
Fica, paisagem serrana
estou indo prá cabana
por um novo dia esperar.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 10/05/2011
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