Dores do coração ao meu amor.

A dor que em nós continha, era feita de giz.

A força que de nós saia, acabava a todo o momento.

E ao relento vivemos por muitos anos.

As nossas paradas eram provisórias e nos destruíam a cada

Instante que a vida nos traz.

As nossas guerras tão frias deixaram nossos corpos sobre o vento

E ao vento á alma levou.

As nossas distâncias tão grandes assim como os outros nos deixam vazios,

E sozinhos não queremos estar.

A todo o momento perdido no tempo, leve e leve, nossas plumas intensas,

São carregadas pelas varias formas de sonhar.

E pelo giz que se apaga, nosso encanto se salva mais se lava com a égua e não volta nunca mais.

Pela força do giz de uma alma, nossa vida cheia de trauma compõe o cenário mais estranho que já existiu, compõe uma pena de quem a vida doou e a grande história de quem o amor apenas desejou e nada foi sentindo, e quando um sinal de liberdade se abriu, tudo foi jogado pela porta e ao espaço entreaberto daquela incerteza, o vento apagou toda lembrança que havia no quadro, feito da vida, escrito de giz e ao espaço

Luciana Amaral
Enviado por Luciana Amaral em 09/05/2011
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