Vida real
Há um longo tempo
Prometi para mim mesma
Que fragilidades
Não atingiriam meu coração.
Mas como podemos mandar
Em algo tão vulnerável,
Tão quebradiço,
Tão cego...
Algo que bate involuntariamente
E cada batimento produz um tremor,
Perdemos o chão...
Ficamos sem fala.
Pena que não existem
Finais felizes
Para que possamos viver
Eternamente nesse transe.
Feliz e solidário,
Amável e reconfortante
Que um beijo afável
Um dia pôde nos proporcionar.
Somos estrelas cadentes
Sem nenhuma direção.
Somos realidades indigentes
Sem dor e sem paixão.