Deitado

E eu me encontro ali deitado

Sobre papéis rasgados

Com poesias não terminadas

E com a alma ensanguentada

Eu tento proteger meus ossos

Caído no meio de tantos destroços

Assim todas as fendas cicratizaram

Mas nem todos os nós desataram

Nada faz sentido nessa escuridão

Nem mesmo o delírio de uma invasão

E a luz está escondida em meu segredo

Enquanto esse doce continua azedo

Meus olhos secos vão se encharcando

Ao ver aquela mesma dor voltando

Por isso eu vou ficar aqui deitado

Tentando consertar o que foi quebrado

Will Borges
Enviado por Will Borges em 07/05/2011
Reeditado em 07/07/2011
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