Deitado
E eu me encontro ali deitado
Sobre papéis rasgados
Com poesias não terminadas
E com a alma ensanguentada
Eu tento proteger meus ossos
Caído no meio de tantos destroços
Assim todas as fendas cicratizaram
Mas nem todos os nós desataram
Nada faz sentido nessa escuridão
Nem mesmo o delírio de uma invasão
E a luz está escondida em meu segredo
Enquanto esse doce continua azedo
Meus olhos secos vão se encharcando
Ao ver aquela mesma dor voltando
Por isso eu vou ficar aqui deitado
Tentando consertar o que foi quebrado