Solidão
Ela tem sido meu abrigo, minha ouvinte, companheira.
Por ela tenho sido recebida numa estrada anfitriã
que comunga desafios estrangula a paz me tornando incapaz
de conceber que, por mais difícil que seja
eu a elegi para em mim permanecer.
Envolvente, sorrateira, é herdeira de poder.
Transforma sonhos em nada, pequenos becos em labirintos,
abriga-se e se acolhe no ermo do frio, no esguio do vazio,
e no tudo do nada se faz guardiã.
Ela é hospedeira acolhedora sempre de braços abertos a esperar,
que um desconforto torto não se deixe repensar,
pois ela envia mensagens sensoriais que irá prestigiar
a qualquer hora, a qualquer paga, ela quer se apossar
E sempre pronta a esperar, lhe envolver e lhe ganhar.
Ela tem a pressa de um exemplar da Esfinge,
que no tempo se perde e suas formas desapercebem-se.
É tristonha é sombria, mas não te abandona e em ti permanece,
uma companhia que eu não queria, mas o que restou... É o que parece!
Edna Fialho
Ela tem sido meu abrigo, minha ouvinte, companheira.
Por ela tenho sido recebida numa estrada anfitriã
que comunga desafios estrangula a paz me tornando incapaz
de conceber que, por mais difícil que seja
eu a elegi para em mim permanecer.
Envolvente, sorrateira, é herdeira de poder.
Transforma sonhos em nada, pequenos becos em labirintos,
abriga-se e se acolhe no ermo do frio, no esguio do vazio,
e no tudo do nada se faz guardiã.
Ela é hospedeira acolhedora sempre de braços abertos a esperar,
que um desconforto torto não se deixe repensar,
pois ela envia mensagens sensoriais que irá prestigiar
a qualquer hora, a qualquer paga, ela quer se apossar
E sempre pronta a esperar, lhe envolver e lhe ganhar.
Ela tem a pressa de um exemplar da Esfinge,
que no tempo se perde e suas formas desapercebem-se.
É tristonha é sombria, mas não te abandona e em ti permanece,
uma companhia que eu não queria, mas o que restou... É o que parece!
Edna Fialho