Conflito
 
Assim me sinto hoje, inerte.
Vigilante de uma tristeza constante
sob as brumas de uma ‘fossa” aterrorizante.
 
Para aonde fora os meus “eu, s”
divertidos e fascinantes,
temperamentais, porém, excitantes?
 
Assim me sinto hoje, fria e sem vida
como a um objeto qualquer
num canto qualquer, esquecida.
 
Sinto-me desperta de um sonho,
onde a mulher tornara-se a amante
de um navegante de mares e mares
de pernas, seios e bocas envolventes.
 
Para aonde fora menina, o seu brio,
a excelência do seu ser, os sorrisos extasiantes,
a felicidade contagiante, a vontade de viver?
 
Assim me sinto hoje, em conflito
morrendo por um amor efêmero e pretensioso.
Nos mares da minha paixão, naufragá-lo-ei,
pena. Pensei ser ele, o meu único amor.
 
Contudo, viva ainda me sinto
resgatar-me-ei desse martírio,
desse roda moinho de sofrimento...
 
(imagem colhida na internet, A/D)
Marta Rodriguez
Enviado por Marta Rodriguez em 06/05/2011
Reeditado em 06/05/2011
Código do texto: T2953132