Quedas Obscuras

Quedas Obscuras

Sobre mim renasce uma tempestade noturna,

Alagando sonhos que construí em dias de sol.

Caminhando para o cemitério em que descanso,

Os meus tantos fantasmas aguardam a chegada.

Deitado sobre um túmulo frio e decadente,

Aqui estou eu; buscando minhas tantas faces.

Sentindo uma eterna dor que não sei nomear,

E esta dor começa em mim com a súbita morte.

Eu clamo sabendo que jamais serei ouvido,

Nestes meus clamores penso estar perto do fim.

Mas as ruas continuam vazias de silêncio,

Nem meus gritos conseguem reprimir minha dor.

Desejo esta noite morrer ao redor da solidão,

Escutar notas suaves de uma melodia sinfônica.

Lembrando o sonho que jamais consegui explicar.

Sei apenas que era uma queda num branco infinito.

São nessas linhas que desejo escrever sempre mais,

São nessas estrofes que se juntam minhas angustias.

São nestes versos que renascem outros que morrem,

São nas poesias que a minha escuridão se renova.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 06/05/2011
Código do texto: T2952142
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