Árduo recomeço
Árduo recomeço I
Após quase seis anos na trajetória da escrita
Sofri o pior dos abalos mortais
E o desejo de escrever de novo jamais
Recomeçar alegremente possibilita.
Muitos pensamentos que minha razão exercita
Voltarão a ser vistos jamais
Foram pensamentos leais
Até quando a máquina “grita”.
A quantidade pouco importa
A motivação está perturbada
A razão, agora, está morta.
Mas, como o solo depois da enxurrada
Minha vida abrirá novas portas
E a escrita deve ser recomeçada.
Árduo recomeço
Após quase seis longos anos
O mais dolorido tropeço.
Mas, minha paixão não se vai pelos canos
Vou me virar, nem se for do “avesso”
Para recuperar os prósperos anos.
Difícil, sei que será, mas não desistirei
Sei que começarei do zero
Mas escrevo, com amor sincero
Até quando, exatamente, eu não sei.
Enfim, apesar da facada no peito
Não posso desistir facilmente
Tenho que replantar a semente
Pois, sei que ainda tem jeito.
Marcel 25-04-11
Árduo recomeço II
Tantas foram às considerações expostas
Além de inspirações consideradas
É como ter a mente queimada
Perder todas essas respostas.
Cedeu a maior das encostas
Onde no alto estava minha morada
Destruiu a principal estrada
Minha cidade ficou sobreposta.
Queimou-se as florestas de meu saber
Não sobrou se quer uma muda
Difícil achar utopia que me iluda
Além de voltar a escrever.
Perdi todo meu caminho construído
Toda trajetória se varreu
O pouco que eu tinha se perdeu
Sou um escritor empobrecido.
Portanto, se a tristeza prevalecer
Saberás que estou ferido
Por saber que aquilo que foi construído
Fatalmente veio a se perder.
Por fim, árduo recomeço que retomarei
Espero ter a mesma gana de sonhos
Para curar um escritor tristonho
O qual um bom tempo retratarei.
Marcel 25-04-11