Fantasmas de mulher

Hoje, os fantasmas de todas as mulheres

Se sentaram em minha cama.

Ao meu redor, não falavam.

Estranhamente, manchados de vermelho.

Não me defendi,

Pois ninguém me acusava.

Só havia repreensão em mim.

Cada uma estava com sangue em suas mãos.

Todas com um pouco de mim.

Entendi, assim, porque nunca me sinto inteiro.

Os amores que deixo morrer

São o gado abatido

Que alimenta a minha poesia.

Ainda não é hora de ser feliz para sempre.

Isso implica em sofrer igualmente,

Como caminhar no chão de rosas

Que te perfumam enquanto te perfuram.

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 05/05/2011
Reeditado em 05/05/2011
Código do texto: T2950805
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