Fantasmas de mulher
Hoje, os fantasmas de todas as mulheres
Se sentaram em minha cama.
Ao meu redor, não falavam.
Estranhamente, manchados de vermelho.
Não me defendi,
Pois ninguém me acusava.
Só havia repreensão em mim.
Cada uma estava com sangue em suas mãos.
Todas com um pouco de mim.
Entendi, assim, porque nunca me sinto inteiro.
Os amores que deixo morrer
São o gado abatido
Que alimenta a minha poesia.
Ainda não é hora de ser feliz para sempre.
Isso implica em sofrer igualmente,
Como caminhar no chão de rosas
Que te perfumam enquanto te perfuram.