Alma Alienada

Tantos golpes, tombos e dor

Coroam de espinhos meu coração!

Tédio, tristeza e desamor

Aproximam-me mais da solidão

É hilária e ao mesmo tempo trágica

A vida dessa alma alienada

Que aguarda existir milagre, mágica

E fecha os olhos para não ver nada

Cada noite um dia a menos...

Cada manhã um dia a mais...

E até que eu e a morte nos encontremos

Ser feliz ou não, para mim tanto faz

E assim passo o dia com meu lamento

Levando aos sonhos pouca esperança

A dor e eu nos unimos num casamento

Onde minha lágrima é nossa aliança

Mira Dias – maio/2011

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo

Perdeste o senso"! E eu vos direi, no entanto,

Que, para ouvi-las, muita vez desperto

E abro as janelas, pálido de espanto..." - Olavo Bilac

Mira Dias
Enviado por Mira Dias em 05/05/2011
Reeditado em 11/04/2017
Código do texto: T2950758
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