Três cabeças
Acordei ao lado do Cérbero
As três cabeças me mutilavam,
Pois me queriam devorar sem divisão
Duelavam entre si cada pedaço de minha carne magra
Me detive ali.
Calmo e indeciso olhei a cena.
Elas mastigavam meu peito,
Dilaceravam as costelas
Sem encontrar um coração.
Padeceram de fome e sede.
Juntei meus membros retalhados.
Não pude escolher uma a que salvar
E as vi morrer
Embebidas em desejo, soro e cor.