.x.|. CoiSaS, ToDaS VãS*... .|.x.
* iNsPiraDo eM Sá dE MiRanDa
_____________________________
De secura, morreram as violetas
Feito pedras, desenham velhos beirais...
Aquelas violetas nunca mais
Ouvirão as orações das senhoras...
E o Sol que antes brilhara
Feito eclipse eterno, apagara
Agora, cansado ele nega
O brilho das velhas auroras...
E meu coração, tão fascinado
S'entrega no verso assim... chorado...
Que coreografei sob esta pena...
Pois na melancolia que há na morte
Resta mi'a sina, mi'a real sorte
Que seja encará-la diariamente em mim...
Não quero novas flores angelicais
Deixa-me provar do olor forte do fim
Quero em mim o que a hora putrefaz.
A flecha que tanto machuca
É a verdade que o ponteiro repete:
As coisas são poucas, pequenas e ruem...
Antes a menina que a velha adoentada
Antes a pedra cara que a manta de saco
Antes a riqueza cega que a miséria indomável...
Antes morrer, que viver por tão pouco enganada...
_____________________________