Ácido Tempo
Caem-se sombras tão pesadas
sobre, desta alma, a solidão
corroída por memórias
que já não mais voltarão.
Ao passado foi-se o riso,
sobrando amargo viver:
ácido, presente d`esperanças;
sigo caótico envelhecer
Em páginas amareladas,
por estável carbono,
escrevo lágrimas...
Sublimes lástimas:
são-me como adorno:
melancolias doiradas.