LÁGRIMAS CONTIDAS....

Dos meus olhos

Brotam nascentes

Que vertem em lágrimas

Que escorrem pela minha face

São lágrimas que podem ser vistas

Julgadas, comentadas e censuradas

Mas, que apenas por mim são sentidas

Da minha alma...

Nascem as mesmas lágrimas

Que insistem em romper minhas entranhas

Mas, mesmo com uma dificuldade absurda

Sufoco-as e as represo

Em comportas lacradas

No âmago dos meus sentimentos

Estas... Ninguém vê

Ninguém imagina

Pois só pertencem a mim

Meus olhos não conseguem se conter

Mas minha alma...

Esta sim, me entende e sofre comigo

Conversa e me aconselha

Então... Abafo o grito...

Contenho as lágrimas...

Vagueio por caminhos que se perdem

E no deserto de mim mesma

As lágrimas contidas mantem-se firmes

Caladas, sufocadas e obedientes

Porque minhas dores...

Um dia...

Hei de transformar em flores!

Neusa Staut

27.04.2011

Neusa Staut
Enviado por Neusa Staut em 27/04/2011
Reeditado em 08/06/2011
Código do texto: T2934221
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