Enxergue!
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A poesia
ainda me porá no claustro,
pois o homem doente
assim também me vê.
A hipocrisia
torna-me infausto
quando do verso ingênuo
a pureza não se vê.
A sinestesia,
personificada em alma vil,
transforma gatos em monstros...
Inimagináveis – mas se vê!
A maestria,
inserta no coração de poetas,
sublima visões pessoais,
mimetizando o que se vê.
A harmonia,
inspirada e inspiradora de sonhos,
é a cosmovisão
do que grãos d'olhos querem ver.
E a fantasia,
revestida de íntimos sonhos,
prescinde da sua visão torpe,
transcendendo sem abster-se, crê?
Nijair Araújo Pinto.
Crato-CE, 26 de abril de 2011.
03h42min