Poesias Tristes

Sinto tanto...

Sinto tanto, por tudo

Pelos meus sonhos, e infortúnios

Pelo meu ser, absurdo

Por bem te querer, inoportuno

Por não te trazer felicidades

Por não te suprir, necessidades

Por não lutar com todo ardor

Por te querer com todo amor

Por me entregar à derrota da razão

Por te ver partir para longe de mim

Por não sucumbir ao desejo, do coração

Sinto tanto, tanto, tanto ...

Pelo tempo que te fiz perder

Pelo calor da vida ausente

Pelo fato de te sentir longe

Pela causa da minha tristeza

Pelo acaso da incerteza

De não te agradar plenamente

De não poder ir contigo

De se dar tudo por perdido

E ter que afogar-me

Na solidão de uma lágrima

Por desculpar minhas ansiedades

Por sempre querer estar contigo

Por não te dar a tua liberdade

Da minha total insegurança

Do meu insensato ser

Da tua falta e da distância

Da minha falta de firmeza

Da minha derrota do acaso

Da minha vida...

Dores e suspiros

Dor aguda, suspiro profundo

Dor severa, suspiro premido

Ai, que dor absurda, cá no meu peito

Que não passa não tem jeito

A! que dor, que bramira

Gritara no fundo d’alma

Severa dor, prurida fala

Severidade constante, que aflige

Que oprime o inconstante

Que amarga à boca ardente

Que ofega, suspiro ausente

Que navega num julho pungente

Afogando o ser da mente

Que domina a visão carente

Que fere e deixa cicatrizes

Doendo, doendo, doendo

Num breve suspiro

Flor, Flores, Minha Flor...

Não quero falar das flores

Como outros já falaram

Uma flor representa amores

Com letras que já se usaram

Quando contemplo uma flor

Lembro-me logo de você

Que não te quero perder

Deixando-me em profunda dor

A aparência das rosas

Lembra o teu olhar

No corpo, curvas formosas...

Não me canso de admirar

Quero ver-te todo dia

Como num belo jardim

Tua beleza me acedia

Então, vem pra mim!

Outro dia me falaste

Da rosa que te dei

Que triste quando disseste

“Nem com isso te amarei”

Não adianta querer regar

Esse louco, insensato amor!

Só me resta apenas cheirar

Aquela linda tão bela flor...

Não me deves pedir perdão

Pois não fizestes nada de errado

Mas o errado foi meu pobre coração

Por sempre te querer e ter amado

Fiquei muito contrito, atribulado,

Quando recusaste o meu presente

E muito decepcionado, entristecido,

Mas comigo mesmo, somente...

É como te falei, no meu sentimento,

Amar-te já virou parte do meu viver

Com isto não quero causar-te sofrimento

Mas por favor, faça-me entender...

Entender se tenho motivos para aguardar

O teu amor sincero para sempre

De que um dia possas eternizar

O teu amor, que hora é ausente?

Fiquei feliz quando me deste

Um beijo na forma dum chocolate

Queria crer e ver em verdade

Que minha carta mexeu mesmo com você

Pois comigo mexeu realmente, este beijo,

Até agora sinto na boca um desejo

Mas quando poderei beijar-te de verdade

Demonstrando o meu amor com liberdade?

Acho que errei também numa coisa:

Que minha carta não é de despedida,

Mas de um belo começo de vida,

Vida de nós dois, minha querida...

Até entendo que não aceitaste

Meu presente naquele momento

Aceite-o agora, para parar meu tormento,

Livrando-me da dúvida da qual tanto lamento

Não quero iludir-me mais

Ter certezas é o que me apraz

Ver que me gostas muito me faz

Viver agora em terna paz

Contigo mesma, meu amor...

Paulo Poeta
Enviado por Paulo Poeta em 16/11/2006
Código do texto: T293093