Tecer o Viver e o Morrer
Como é triste perceber
Que por um triz
A vida pode acabar...
Acabar
Por causa de um amor ferido, machucado, cansado de sofrer
Ou até mesmo interrompido pelo morrer...
Acabar
Pelo simples fato de não querer mais viver,
Pois o fôlego de vida, já não nos pertence mais...
Acabar
Na medida que outras pessoas a interrompem, sem compaixão
E aloja em nossos corações eternos sofrimentos, de sor e temor...
Acabar
Por causa da falta de amor,
Que quase não mais existe entre as pessoas que aqui estão,
Pois o amor está a esfriar,
É chegada a hora do fim dos tempos reinar...
Acabar
Por você ou por mim,
Que num ato súbito nos retira a própria vida
E lança-se para a boca do inferno ou busca refúgio na porta do céu...
Acabar
Sem motivos, ou mesmo pelo motivo que não nos cabe citar,
Pois quando a morte chega, nada há de se fazer,
No entanto é lamentar quem não mais pode:
Viver, olhar, pensar, caminhar, chorar, sorrir, cantar
E todas ações possíveis e cabíveis
No simples ato de viver e sonhar...
Pois quando é chegada a hora de morrer,
Nada podemos fazer,
Mesmo porque, não nos foi dado o poder,
O poder de mudar a órbita dos caminhos...
Pois a hora da morte chega para todos,
E todos sofreremos com isso,
Mesmo em alguns casos,
Quando é tida como a única saída para cessar sofrimentos...
(Estrofe dedicada a meu avô)
Mas quando a morte é matada,
esta, é a pior de ser esquecida,
Pois todos os momentos da nossa vida lembraremos,
Com muito lamento, dor e sofrimento...
(Estrofe dedicada as crianças
da escola do Relengo-RJ e a
estudante da UFPE)
Morrer não é a graça,
Morrer não é nada,
É na verdade um repouso profundo
Da qual não mais abriremos os olhos e respiraremos profundo...