Revolta da natureza.
Quando o mundo gira, tudo gira, nada gira.
Quando tudo treme, o mundo geme e nada teme.
Quando cai a chuva, dor profunda, oriunda, tudo inunda.
Corretenzas se alastram, formando rios sem fim.
O terror toma conta, tudo se desmorona,
sem ao menos adeus dizer.
Vidas se apagaram, mortes se propagaram.
A revolta da natureza, nos pega sem defesa.
Hoje ilhado estou, e vejo, ao longe
apenas um teto que restou.
Triste introspectivo penso:
Para onde irei? Com quem ficarei?
Não quero mais a minha casa contruída
onde minha prole esta embutida.
Não quero tripudiar, não quero pisar,
em cima de quem nunca deixarei de amar.