Prantos

Tristeza salgada, pseudo nome da flor,

Íris plantada no raso negro dos olhos,

Entregou-se aos prantos toda sua dor,

Esvaem-se todas as pétalas e polens inodoros!

De joelhos nas lágrimas, implora ao amor:

- Não vá, não deixe-me amarrada à tristeza,

- Não vá, destonará toda a minha viva cor,

- Não vá, necessito de ti para ter clareza!

Vi muita água espalhada pelos rasos olhos d'alma,

Vi a terra ser encharcada por tudo que Íris viveu,

Por um amor santíssimo que lhe dava a calma...

Por tudo quanto é mais sagrado, ela prometeu:

- Não chorarei mais pelo que se diz preso a mim,

Juro que no fim, me plantarei e direi: - Vá com Deus!

16/07/2009

Pergentino Júnior
Enviado por Pergentino Júnior em 17/04/2011
Reeditado em 10/11/2016
Código do texto: T2914277
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