Renúncia à quimera

No cotidiano especulam sobre mim,

Na vida lapidam-me...

Nos seus pensamentos sou escamoteado,

No amor martirizam-me...

No amor podemos ser derrotados,

Mas no amor não se pode tripudiar.

Mesmo sentindo a dor do meu altruísmo,

Não escuto as amiúdes tentativas de perdão.

No desvairar repentino surge a quimera,

Na quimera enxergo o amargo,

No amargo exala-se o preconceito,

Mas meu imenso odor acoberta sua exalação.