Ego-ísmo.
Da minha boca?
Tudo, menos palavras.
Dos meus olhos?
Tudo, inclusive muitas lágrimas.
Dos meus dedos?
Nada, além de um grande desejo de tocar algo.
Das minhas mãos?
Tudo, inclusive o vazio que é bem maior que o mundo, o qual jamais poderei abraçar.
Do meu peito?
A dor e o pavor.
Da minha voz?
Nada, além de um gemido tremido, esprimido.
Do meu olhar?
A tristeza da certeza, de que meus olhos jamais poderá ver além de minha própria dor.