Eterna Mutação*
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As saudades ferem-me o coração
quando as lágrimas em nostálgicos nevoeiros
semeiam uma triste recordação
de quando éramos verdadeiros companheiros
Há coisas que o tempo não permite
Por viver em eterna mutação
Pensar ser jovem eternamente_e crer
ter sempre o corpo a mesma função
Tredo sonho que em mim persiste
mergulhado em interna agitação
Fazem_me um bardo na escuridão
atravessar os dias solitário e triste
Nas lembranças guardadas na mente
dos nossos corpos em vibrante função
Poder lembrar,já é suficiente
já que tudo paira em repouso,depois da paixão.
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Alzira Paiva Tavares
Fortaleza 11/04/2011