O NÃO DA PATRÍCIA
Que domingo mais triste
Que a história não registre
E que eu, venha esquecê-lo
O mais rápido possível.
A noite foi a mais longa
Que já vivi.
O dia parecia não querer amanhecer
As horas melhor seriam
Se não estivessem avançadas
Enfim, chegou onze da manhã
Meu destino estava em jogo
Minha felicidade seria traçada
A hora marcada, que marcaria minha vida.
Como quem sonha preste a realizar um sonho
Estava eu, ali sentado no banco daquela praça
Esperando a esperança que tornaria
Meu sonho em realidade.
Horas que foi um divisor de águas
Que me levaria para perto
Ou mais distante da felicidade.
Por ironia do destino eu não sei
As horas foram como remos
Que me remaram para correnteza
Da infelicidade...
Como no mar do amor
Ninguém sabe nadar
E os que sobrevivem são poucos
Minha esperança é que a correnteza
Me lance novamente para terra firme
E que eu volte a sonhar.
Duas coisas tenho que confessar:
A primeira é que tive medo
A segunda é que não foi fácil
Segurei as lagrimas,
Mais por dentro meu coração
Parecia uma cachoeira.
Pulsava mais forte que o normal
As lágrimas que não permitir sair
Banhava-o enquanto chorava.
Pensei que iria explodir.
Mesmo estando ao lado da pessoa
Que do nada passei amar
Na minha mente,
Minha vida passou como filme
Tristeza, infelicidade e decepção...
Estava a um passo do abismo
Acreditando que essa doce
Pequena princesa.
Chamada Patrícia iria me socorrer
Estendo-me sua mão e cedendo-me
A chave do seu precioso coração.
Traiçoeira certeza
Que foi golpeada
De uma forma cruel
Apesar de muita classe.
Fui obrigado a manter
O sorriso do palhaço
Para não derramar as lágrimas
Da dor de quem vive um luto
De um crime pré-meditado.
Parecia tudo ensaiado
Mais agora o cenário era outro
Fecharam as cortinas dos teatros
As televisões foram todas desligadas
A cena era só nós dois
E eu, fui o mocinho
Que acabou se dando mal.
Quanto mais a conversa fluía
Sentia-me a um fio do precipício.
Entendeu...
Não entendir, mais o “não” disse tudo.
Fui levado a não entender,
Mais sim procurar aceitar.
A cena que passou ser real
Já chegava ao fim.
O cenário continua lá,
Minha esperança sairia de cena
Mais o mocinho mesmo apaixonado
Tornou-se herói de um amor
Não correspondido.
No profundo do abismo,
No túnel da desilusão
Onde talvez jamais saia de lá.