O LACRE

Hoje; novamente; não estou nada contente.

Visito de novo, aquele lugar da minha mente;

Aquele espaço que é só meu;

Pois, tudo ao meu redor já se perdeu.

Minha existência se tornou irrelevante;

Traço vários fins, em uma fração de instante.

No meu corpo eu procuro brechas

Para a autoridade que me resta.

Na solidão criei raízes

E uma coleção de cicatrizes

Chegou a hora do último grito;

O lacre do meu pulso eu retiro.