Pedras que rolam em meio a enchentes
Tão logo endurecem sob o sol à pino!
Sempre as mesmas pedras...
Que perfuram e se escarnecem
Da minha pele tão fina!
Pedras sem destino,
Espalham-se em meu caminho...
Verdes campos me esperam
Tenho medo de partir sozinha!
Quero achar minhas chinelas
Num mundo de sonhos infindos...
Correndo entre o aroma das flores
Com minhas sandálias macias!
Para adentrar essa paisagem
Aflita,tento ir buscar,
Minha velha amiga coragem!
Ela espreita-me sorrateira
Dos altos muros de sua morada
Portões fechados...
E as chaves?
- Faz algum tempo as perdi
Quando o medo,
disfarçado em amigo
e companheiro
Ensinou-me a desistir!