E no fim...

Sonhos com rugas,

Feridas abertas....sangro a cura.

Não há perdão pra mim.

E no fim....eu queimo.

Asas partidas, chuvas de penas maculadas

Um sonhador caído...coroado com a esperança enforcada.

Fecho os olhos...e afogo em agonia.

Bolhas de venenos.....respiração ofegante.

Um delírio de um instante....seria miragem?

Me abrace, me estraçalhe com amor...foi um desejo antigo.

Talvez abatido como um pássaro encontrarei redenção.

Em meu coração um cemitério de sonhos,

Jardins abandonados, galerias de quadros desbotados.

E no fim....eu choro.

Baladas tristonhas, amarguradas

Um folha que voa sem destino pelo deserto.

Um bobo da corte ensangüentado...um sorriso regado de lágrimas.

E os guizos soam como marcha fúnebre

Tão majestosa que os incrédulos dobram os joelhos.

Então ecoa uma gargalha a ceifar as almas.

E no fim....eu esqueço.

Empalideceu a chama que arde ao peito.....congelado em suplicas.

Anseios fugazes....flores secas dão o fruto a mim merecido.

Mantras moribundos dançam em meus lábios ressecados.

Adeuses assombrosos....um silêncio...um relógio quebrado......é o fim.

Chronos Sigdhara
Enviado por Chronos Sigdhara em 07/04/2011
Código do texto: T2895706
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.