E no fim...
Sonhos com rugas,
Feridas abertas....sangro a cura.
Não há perdão pra mim.
E no fim....eu queimo.
Asas partidas, chuvas de penas maculadas
Um sonhador caído...coroado com a esperança enforcada.
Fecho os olhos...e afogo em agonia.
Bolhas de venenos.....respiração ofegante.
Um delírio de um instante....seria miragem?
Me abrace, me estraçalhe com amor...foi um desejo antigo.
Talvez abatido como um pássaro encontrarei redenção.
Em meu coração um cemitério de sonhos,
Jardins abandonados, galerias de quadros desbotados.
E no fim....eu choro.
Baladas tristonhas, amarguradas
Um folha que voa sem destino pelo deserto.
Um bobo da corte ensangüentado...um sorriso regado de lágrimas.
E os guizos soam como marcha fúnebre
Tão majestosa que os incrédulos dobram os joelhos.
Então ecoa uma gargalha a ceifar as almas.
E no fim....eu esqueço.
Empalideceu a chama que arde ao peito.....congelado em suplicas.
Anseios fugazes....flores secas dão o fruto a mim merecido.
Mantras moribundos dançam em meus lábios ressecados.
Adeuses assombrosos....um silêncio...um relógio quebrado......é o fim.