Desespero... Redenção?

A alma gélida vaga sem rumo algum,

sem destino.

o coração bate devagar

enquanto a respiração baixa sem pudor.

Os sentidos diminuem,

a percepção some,

o calor acaba,

a morte vibra

Os brilhos dos olhos resplandecem

e vibram sublimes ao encontro de tua voz.

Os lábios sussurram palavras,

Palavras tão sóbrias e sem sentido

quanto os ventos que sussurram incertezas desconhecidas

A mente tenta reaver qualquer fragmento de tua memória

enquanto você assiste de platéia o espetáculo de teu amor doentio

encardido pelas mágoas e pela solidão.

E tenta, debaixo de um capuz esconder-se da própria miséria.

As lágrimas eram as únicas provas

de algum dia você se arrependeu,

No entanto... Elas nem existem,

pois, teu corpo, cansado de sofrer,

as abandonou assim como tu fizestes comigo...

E eu, assisto de platéia, seu desespero pelo perdão...

KauíSilva
Enviado por KauíSilva em 07/04/2011
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