Desespero... Redenção?
A alma gélida vaga sem rumo algum,
sem destino.
o coração bate devagar
enquanto a respiração baixa sem pudor.
Os sentidos diminuem,
a percepção some,
o calor acaba,
a morte vibra
Os brilhos dos olhos resplandecem
e vibram sublimes ao encontro de tua voz.
Os lábios sussurram palavras,
Palavras tão sóbrias e sem sentido
quanto os ventos que sussurram incertezas desconhecidas
A mente tenta reaver qualquer fragmento de tua memória
enquanto você assiste de platéia o espetáculo de teu amor doentio
encardido pelas mágoas e pela solidão.
E tenta, debaixo de um capuz esconder-se da própria miséria.
As lágrimas eram as únicas provas
de algum dia você se arrependeu,
No entanto... Elas nem existem,
pois, teu corpo, cansado de sofrer,
as abandonou assim como tu fizestes comigo...
E eu, assisto de platéia, seu desespero pelo perdão...